PERUZZO, Cicília Maria Kroling. Comunicação nos Movimentos Populares
– a participação na construção da cidadania. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Referências Bibliográficas
Studio FM
“Para que o projeto tenha êxito em aprovação no Ministério das Comunicações é preciso muita influencia política e dinheiro para viagem a Brasília e outros gastos, coisa que a Studio FM, por ser pequena e em uma cidade pequena não tem condições de bancar e nem sempre há políticos em nível de estado ou pais que se interessam em ajudar, geralmente eles só agilizam se a emissora for deles próprio”. Relata Roseno, jornalista.
Tipos de rádios piratas
sistema.
· Uso político: Essa modalidade torna-se comum em período eleitoral para uso de propagandas. Seu uso também é comum na convocação para assembléias, reuniões e marchas.
· Uso religioso: nesse quesito, os alto-falantes tornaram-se conhecidos como “difusoras”, que se destacaram como instrumentos para difundir a “palavra de Deus”. Para exemplificar esse uso, referimo-nos aos megafones usados por pastores evangélicos ou mesmo aos equipamentos de amplificação de sons colocados nas torres de igrejas católicas.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Uma outra visão
Entretando ao contrário do que viemos escrevendo sobre a rádio pirata, é possível encontrar outra opinião sobre esse assunto, pois historicamente as rádios comunitárias são discriminadas. No fundo não são as rádios, são as pessoas que as fazem, onde estão operando, a quem estão servindo. É a favela, a periferia, o povo expropriado. A discriminação é bem maior!
E, apesar de toda repressão e discriminação elas estão aí, falando para toda a comunidade, ganhando audiência e credibilidade, prestando os serviços jamais prestados pelas concessionárias comerciais. São elas que ajudam o povo a se organizar, levando a informação de maior interesse da comunidade, mobilizando a sociedade para ações locais, resolvendo problemas que, muitas vezes, deveriam ser resolvidos pelo estado.
São tratadas como coisa criminosa, mas são as mais procuradas pelos órgãos públicos para que prestem serviços gratuitos, o que fazem, com prazer. São, constantemente, visitadas por governantes e, principalmente por políticos em época de campanha. Todos querem tirar uma casquinha das “clandestinas”: presidente, governador, prefeito, deputado, todo mundo quer ficar bem na foto na hora da campanha, depois...
Interferênia das rádios
O perfil das rádios piratas no país é bem diferente de há 20 ou 30 anos. Se naquelas épocas havia um caráter político, hoje várias emissoras clandestinas pertencem a pessoas que encontraram nas rádios clandestinas uma maneira fácil de ganhar dinheiro. O investimento não é muito alto. Basta adquirir um transmissor, uma antena e um equipamento de som para começar a transmitir localmente. O retorno financeiro é garantido por médios e pequenos anunciantes.
Com essa vantagem financeira, muitas rádios acabam ampliando seu raio de alcance. O sinal fica não mais restrito a uma determinada região, mas pode atingir a toda uma cidade, ocasionando uma hegemonia na ocupação da frequência e atrapalhando e afetando a comunicação de piloto e base aérea como exibido no video acima.
Reportagem do O GLOBO
A partir dessas informções e dessas notícias exibidas em jornais, televisão, entre outras mídias a polícia federal deveria fazer e itensificar essas buscas a essas rádios piratas, pois são imenso perigo a todos, como nos aeroportos localizados ao redor, a comunicação e transferência de dados importantes para o pouso ou decolagem, antenas que estão posicionadas em lugares de riscos, notícias sobre o tráfego e até mesmo traficantes que colocam músicas incentivando ao crime. Também é necessário ressaltar que as rádios comerciais também podem causar esses problemas e que é muito importante observar e fiscalizar não so as comunitárias mas sim as comerciais também, pois as duas causam riscos as vias aéreas. Resumindo é necessário dá uma importância maior a esse problema cada vez mas comum.
As rádios livres surgem no Brasil antes do nascimento das rádios comunitárias e as diferenças estão relacionadas a questão de propriedade, posse, na preocupação com o conteúdo e também na explanação do Estado que pode apoiar uma e outra.
O movimento de rádios livres apareceu no Brasil lá pela segunda metade da década de 80. Primeiramente era apenas um divertimento de técnicos em eletrônica. Depois, grupos políticos de esquerda e estudastes universitários colocaram suas emissoras no ar. Como não poderia deixar de ser, o governo da época abriu fogo contra esse tipo de radiodifusão. Muitas rádios foram fechadas, com seus mantenedores sendo processados. Alguns sustentam que algumas rádios piratas seriam “rádios livres”, pois não teriam caráter comercial e não interferiam na comunicação de outros meios.
As rádios comunitárias têm a preocupação de conquistar a posse e a propriedades do meio que as incluam nas atuais regras e leis da comunicação, por isso os interessados nas rádios comunitárias organizam grupos de seus interesses políticos ou econômicos. Por esse motivo que essas organizações participam de redes pertencendo ao campo de comunidades políticas, religiosas, seitas e empresários da área de meios de comunicação.
"A rádio livre é aquela que, numa conjuntura conflitiva ou não conflitiva,
ocupa um espaço no dia dos receptores sem ter
recebido a concessão de um canal [...] é normalmente operada
por amadores, que entram no ar correndo todos os riscos
previstos pela legislação, como sua prisão e o lacramento ou
apreensão dos transmissores [...]. Em geral, representa uma
forma de contestar o sistema de radiodifusão vigente, que
priva a maior parte das organizações da sociedade civil do
acesso às ondas sonoras."
Peruzzo (1998, p. 126)